terça-feira, 10 de agosto de 2010

Macacos e macaquinhos.

Ora, dois irmãos macacos bêbados caminhavam pela floresta em direção ao lar, voltando de uma macaquisse que so acabava com o barraco que os mesmo armaram durante uma festa de casamento de uma família dos coelhos que acontecia todo final de semana, todo mês, todo ano.

Ora pois, não caminhavam, cambaleavam ao longo do caminho com a visão escurecida pelo álcool, seguindo somente seus extintos e se deixando levar pelo caminho de casa, seguindo em frente, tropeçando mas poças de lama, se segurando nas árvores e acordando todo o povo sonolento e estragando a paz da madrugada antes silenciosa.

Ora ora, não seguiam o mesmo caminho pois não moravam no mesmo lar, so a origem os unira neste mundo, mesmo sendo irmãos, nada lhes fazia unir, nem mesmo o ventre que tinham em comum lhes era capaz de apaziguar os ânimos, os valores, sua amizade. Nem seguiam o mesmo raciocínio e todas as atitudes, pelo menos do mais astuto, era regrada e cheio de planos e artimanhas. O próprio convite a festa era uma forma que achara para embriaga-lo e poder dar resposta a um desafio que o mais minguado lhe fizera no dia anterior.

Pois ora, a macacada foi esta mesma, depois de embriagados, deram a pular de mesa em mesa, dando votos de "viva a noiva, longa vida ao noivo!" enlouquecendo a numerosa família de nobres e numerosos lebres, incontáveis, todos receberam as desculpas do macaco mais velho que de bêbado não tinha nada e conduzia o irmão embriagado e feliz porta afora, com mil desculpas e empurrão.

Na noite anterior, nossos amigos bêbados conversavam e caminhavam sobre a floresta, esta que une a todos como num mesmo barco. Mas veja que para um deles não se somam os dias nem as dívidas entre eles. Como se tivesse dito isso numa oração. E um deles disse; não te perdoarei se um dia me maltratar.

Mesmo depois daquela festa, e mesmo depois de ser deixado na mala, coisa ruim para macacos que não tem jeito de tira-la das costas sem ajuda de outro, que mal pode haver se mesmo depois disto vem o amanhã e novamente estaremos na mesma floresta?

Naquela festa, no meio do caminho para casa, irmãos se flagelaram entre tapas e ponta pés. Se maltrataram.

Foi tudo o que um queria, pelo desafio que o outro lhe dera. E era tudo que o outro esperava, para que fosse posto a prova o amor que o "um" não tinha.

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