quarta-feira, 27 de maio de 2009

As Florestas Furryes

Numa floresta de verão, entre as árvores, como se fossem pessoas espalhadas num campo com sombras misturadas com raios de sol, fazendo um mesclado de cores no ar por causa das flores e mais flores e mais flores de tons verde e vermelhos. Uma portinha se abriu, numa árvore mediana, e dez coelhinhos sairão em fila.
Dois eram maiores que os demais, eram a senhora coelho e o senhor coelho, pais de sua trigézima quinta ninhada de oito coelhinhos, um casal comum entre os coelhos da região. Todos fizeram um circulo, voltados para a porta da casinha onde sairão. E então mais dois coelhos surgiram. 

Vovô e Vovó coelho.

Todos, nesse fim de domingo, no final da visita da família à casa da Vovó, vinham saindo de dentro da casinha conversando e sorrindo. Os dois ou três coelhinhos que vinham na frente brincavam de pega pega e saíram correndo, o mais malhado de todos fingindo ser um leão e que caçava seus irmãos numa corrida animada. Os três mais pequeninos vinham atraz, sem querer ir embora da casa de seus avós, queriam mais doces em conserva, mais travesseiros na lareira, mais historinhas de contos de fadas que a vovó contava. Os pais coelhos vinham logo atraz conduzindo os pequeninos, conversando com seus pais, falando de como era a vida durante a semana, e de como seria bom que as castanheiras não sujassem de castanhas, o quintal nos Invernos.

Logo saíram todos, com os avós ficando ainda no portão, o vovô bem no meio da porta, como um guarda, mas falava e sorria como um avô, e a vovó logo atraz, dirigindo a palavra aos mais pequenos que; se comerem bastante cenoura cresceriam rapidamente. O papai e mamãe iam conduzindo todos eles a formarem um arco, de tal forma a deixar todos virados para a porta, e mais óbvio, que todos podesem olhar para os avós diretamente.

E por um instante a mamãe coelho percebeu que ninguém pediu para que seus filhos ficassem e que se fosse por ela ja estaria virando a esquina, perto dos arbustos dos pardais. E mais ainda, se lembrou de que havia esquecido de algo muito importante.
Voltou-se para seus pais, estendendo a mão, baixando a cabeça e curvando o corpo, como se estivesse na presença de um santo. A conversa, num instante calou e todos podiam ver a mamãe coelho reverenciando a vovó. Com o silêncio que se fez, pode se notar que os grilos, pássaros noturnos, o próprio sussurrar de ar que fazia algumas pequenas folhas ainda falar, e logo as estrelas e o céu e o planeta e toda a galáxia parou para escutar o que a mamãe coelho tinha a falar para sua mão, à vovó coelho.
-Me dê minha bênção.

-Deus te abençoe minha filha.- falou isso automaticamente pois nem tinha notado tudo a sua volta. Mas ao terminar de falar olhou ao redor e vio que era o centro do que estava acontecendo. Notou o silencio. Notou todos os seus netos olhando para sua mão, que segurava a mão da filha, numa posição de passagem de amor e bênção.

-Deus abençoe todos vocês, meus filhos ... isso é para todos vocês.

E todos notaram que podiam continuar; a galáxia o sistema as estrelas, o planeta, o vento, as árvores, os passaros, os grilos voltaram a cantar, e os coelhinhos, continuaram o caminho da vida.








Um comentário:

@kobinha disse...

Conto interessante...
obrigada pelo comentario
assim q der, volte lá
abraços

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