sábado, 29 de agosto de 2009

As Florestas Furries, REpost.

Bom, fica muito difícil continuar a escrever, agora que voltei para faculdade, o pessoal da sala pode ler e tirar sua conclusões sobre meus contos e pensamentos. De modo que resolvi REPostar o primeiro conto da série "Nova Esfera".
Também não tenho muito em que me inspirar nestes meses, ... trabalho, mais trabalho, e faculdade; tira minha atenção das belas imagens que a vida nos oferece.
Mas vai la saber se não estou com muita preguiça ou se minha alma foi abduzida por alieníginas!.

Chega de besteira.... vou postar o conto " As Florestas Furries"
Fala sobre respeito, família, amor.

As Florestas Furries

Numa floresta quente de verão, entre árvores como se fossem pessoas espalhadas num campo, com sombras misturadas aos raios de sol, fazendo um mesclado de cores no ar por causa das flores e mais flores de tons verde e vermelhos. Uma portinha se abriu, numa árvore mediana, e dez coelhinhos surgiram em fila.
Dois eram maiores que os demais, eram a senhora coelho e o senhor coelho, pais de sua trigésima quinta ninhada de oito coelhinhos, um casal exemplar entre os coelhos da região. Todos fizeram um circulo, voltados para a porta da casinha de onde vinheram. E então mais dois coelhos saíram.

Vovô e Vovó coelho.

Todos, nesse fim de domingo, no final da visita da família à casa da Vovó, vinham saindo de dentro da casinha conversando e sorrindo. Os dois ou três coelhinhos que vinham na frente brincavam de pega pega e saíram correndo, o mais malhado de todos fingindo ser um leão e que caçava seus irmãos numa corrida animada. Os três mais pequeninos vinham atraz, sem querer ir embora da casa de seus avós, queriam mais doces em conserva, mais travesseiros e lareira, mais historinhas de contos de fadas que o vovô contava. Os pais coelhos vinham logo atraz conduzindo os pequeninos, conversando com seus pais, falando de como era a vida durante a semana, e de como seria bom que as castanheiras não sujassem de castanhas, o quintal nos Invernos.

Logo saíram todos, com os avós ficando ainda no portão, o vovô bem no meio da porta, como um guarda, mas falava e sorria como um avô, e a vovó logo atraz, dirigindo a palavra aos mais pequenos que; "se comerem bastante cenoura cresceriam rapidamente". O papai e mamãe iam conduzindo todos eles, preparando suas mochilas, penteando a franja de um, arrumando o pelo de outro, prontos para voltarem ao lar.

Mas todos os coelhinhos se viraram, dando as costas para a floresta, e olhando para a entrada da casa dos avós. A senhora coelho ia a frente, olhado de um lado para outro, procurando algum suspeito, um lobo ou raposa a espreita, procurava na verdade proteger seus filhos, e se apresou em sair pela floresta, mas só alguns passos deu. Então, se lembrou de que havia esquecido de algo muito importante.
Voltou-se para seus pais, estendendo a mão, baixando a cabeça e curvando o corpo, como se estivesse na presença de um santo. A conversa, num instante calou e todos podiam ver a mamãe coelho reverenciando o vovô. Com o silêncio que se fez, pode se notar que os grilos sesaram seu canto. Os pássaros noturnos pousaram seu voo. O próprio sussurrar de ar que fazia algumas pequenas folhas chaqualar, gelou. E logo as estrelas e o céu e o planeta e toda a galáxia, ... parou. Para escutar o que a mamãe coelho tinha a pedir para seu pai, o vovô coelho.
-Minha bênção papai.

-Deus te abençoe minha filha.- falou isso automaticamente pois nem tinha notado tudo a sua volta. Mas ao terminar de falar olhou ao redor e notou que era o centro do que estava acontecendo. Notou o silêncio. Notou todos os seus netos olhando para sua mão, que segurava a mão da filha, num ritual de bênção, de amor e respeito.

-Deus abençoe todos vocês, meus filhos ... isso é para todos vocês!

E todos notaram que podiam continuar; a galáxia o sistema e as estrelas, o planeta, o vento, as árvores, os pássaros, os grilos. E os coelhinhos, continuaram o caminho da vida.

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