segunda-feira, 29 de março de 2010

Carta de Amor.

Quando era mais jovem imaginava que deveria contar aminha história toda sempre que alguém perguntasse quem eu era.

Como os ents, que ao invés de chamar o nome, preferia contar sua história de vida todinha, desde o dia em que veio ao mundo até o presente momento em que lhe encontrou.

Quem é vc?

Meu nome e fulano de tal nasci em tal cidade e no dia tal e tal... enquanto criança... na adolescência... Mas não encontrava tempo nem paciência para tanta história, nem amizade para tanto amor. Na verdade não sabia que estava sendo egoísta em falar só sobre min. E pensava que seria interessante ouvir alguém falar sobre sua história, todos os dias daquela criatura, do ventre de sua mãe até a hora em que começou a falar sem parar.

Pensava assim até encontrar um louco que começou a falar e não parou mais. Meu irmão vá se ferrar!
Hora vejam vcs que esse desejo, que não sei se é comum a todos, vai se tornar realidade quando encontrar um filho, que sintainteresse nessa história.

Ai sim.

Gostaria de escutar meu pai falar de seus dias de juventude. Não todos que existiram. Não tudo de uma vez. Mas se todas as noites ele me desse a oportunidade de uma conversa, de escuta-lo, contar suas histórias, me sentiria feliz. E me sinto a vontade de tentar realizar este sonho, de ter um filho, e contar todas as minhas aventuras, assim mesmo como sempre quis contar.

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